A Vara Criminal da comarca de Curitibanos, na Serra catarinense, participou de uma série de ações voltadas ao enfrentamento da violência doméstica, em alinhamento com o movimento Agosto Lilás. Mulheres que atuam diretamente na rede de proteção às vítimas se reuniram para fortalecer a colaboração entre projetos já existentes e para ampliar o alcance dos trabalhos.

A reunião estratégica com lideranças femininas locais teve como objetivo integrar esforços e planejar atividades conjuntas. O grupo também visitou a delegacia de polícia para conhecer o ambiente da OAB Por Elas e a Sala Lilás da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital – DPCAMI, espaços dedicados ao acolhimento humanizado de mulheres em situação de violência.

Como encaminhamentos, serão iniciados círculos restaurativos e de empoderamento com mulheres atendidas pelo CREAS e com aquelas que estão à frente do combate à violência doméstica. O primeiro está agendado para a próxima quarta-feira, dia 27, e terá como foco o fortalecimento da autoestima de mulheres em situação de violência participantes do grupo Bem Me Quero – Círculo. Já no dia 3 de setembro, o círculo restaurativo será com mulheres da rede de combate à violência doméstica, com o tema “Ser Mulher”.

Além disso, a Vara Criminal distribuiu e seguirá no compartilhamento de materiais informativos, como os folders do projeto Espelhos, da Central Especializada de Atendimento às Vítimas de Crimes, de Atos Infracionais e de Violência Doméstica e Familiar (CEAV), e as cartilhas “Crush Perfeito”, que ajudam a identificar um relacionamento abusivo, e “Dê um basta na violência”. As duas foram produzidas pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) para orientar sobre os direitos das vítimas e os canais de apoio e denúncia disponíveis. Esse material servirá de apoio nas atividades educativas e de conscientização realizadas pela unidade em auxílio ao programa Protetores do Lar, da Polícia Militar. 
 
O juiz Edison Alvanir Anjos de Oliveira Junior, que tem acompanhado de perto as ações, diz que a integração entre as instituições e a sociedade é fundamental para combater a violência de gênero. “O papel da Vara Criminal vai além do julgamento. Precisamos estar juntos, dando suporte às vítimas e assegurando que todos os envolvidos no processo de enfrentamento desse crime desempenhem sua parte com humanidade e eficiência.”