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A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, nesta quarta-feira, 3 de setembro, a Operação Cassandra, com o objetivo de desmontar uma organização criminosa, sediada no Brasil e em países europeus, focada no tráfico internacional de pessoas para exploração sexual e lavagem de dinheiro.
A investigação policial teve início a partir de notícia-crime transmitida pela Interpol da Nova Zelândia, na qual foi noticiada a possível participação de um cidadão brasileiro em uma rede de tráfico de pessoas para exploração sexual.
No curso da investigação, apurou-se que a organização criminosa estaria atuando no tráfico internacional de mulheres em pelo menos quatorze países, nos cinco continentes. Identificou-se, também, que esta organização atuaria de forma estruturada, com papéis específicos definidos e distribuídos nos núcleos gerencial, operacional e financeiro.
O núcleo financeiro contaria com a participação de diversas pessoas cujos papéis seriam elaborar estratégias para a repatriação dos valores obtidos no exterior decorrente da atividade criminosa de exploração sexual das vítimas enviadas ao exterior, como orientar o grupo criminoso para a criação de empresas fantasmas onde o dinheiro seria internalizado, utilização de contas bancárias de terceiros, transação com criptoativos para ocultação de valores, entre outros.
Os mandados foram autorizados pela 1ª Vara Federal de Florianópolis-SC e as ações ocorrem em cidades dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais e no exterior, onde contou com a participação de autoridades irlandesas tendo em vista haver investigação relacionada à mesma organização criminosa. Ao todo, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão, sendo quatro no Brasil e um na Irlanda.
Participam da operação sete auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 120 policiais federais.
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