Publicado em: — www.tjsc.jus.br
No Dia do Psicólogo e da Psicóloga, celebrado nesta quarta-feira, 27 de agosto, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) destaca a atuação de 41 profissionais que unem sensibilidade e técnica na escuta qualificada, com atuação tanto em unidades judiciárias de todo o Estado quanto no próprio Tribunal. Psicólogas e psicólogos forenses desempenham um papel essencial para decisões mais justas e humanas ao equilibrarem conhecimento científico, ética e empatia.
Para marcar a data, três psicólogas do TJSC compartilham suas histórias e rotinas e demonstram como a psicologia no Poder Judiciário transforma vidas e fortalece a Justiça. As servidoras Karina Paula Seraglio, Vanessa Maria Mussio Magalhães Brando e Rafaela Marques Feigel relatam desafios, conquistas e aprendizados em áreas como acolhimento institucional, adoção, guarda e alienação parental. Revelam, desta forma, o impacto humano de seu trabalho no cotidiano da Justiça.
A psicóloga Karina Paula Seraglio iniciou sua atuação na Vara da Família, Infância, Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões da comarca de Xanxerê, no último dia 19 de maio. A escolha pelo trabalho forense veio de uma experiência profissional anterior. Natural de Quilombo, no oeste catarinense, Karina atuou por 12 anos em uma Secretaria Municipal de Assistência Social paranaense. Uma das primeiras demandas que atendeu foi o acolhimento institucional, função que desempenhou por diversas vezes ao longo do período. O contato com o direito e profissionais forenses despertou nela a missão de auxiliar nos processos de cunho familiar.
Hoje, a servidora do Poder Judiciário atende o serviço de acolhimento, faz avaliações de famílias de crianças acolhidas e habilitações de adotantes, por exemplo. Mesmo experiente no assunto, o maior desafio é iniciar o setor na comarca que, até então, não tinha psicólogo forense. Ainda que diante da necessidade de “construir o espaço”, como ela diz, consegue aprender, experimentar, pesquisar e entender a importância e a complexidade de cada caso, além de demonstrar à sociedade a relevância profissional que vai além do atendimento clínico em consultório.
“É preciso olhar para as situações cientes de que se trata de um ser humano com ‘bagagem’ de sentimentos, vivências e experiências. Precisamos ter empatia e sensibilidade para que a rotina não faça esquecer que estamos lidando com uma vida que pode ser modificada pelas decisões tomadas e apontamentos feitos”, reforça a servidora, que também se apega ao próprio conselho para ser uma profissional cada vez melhor.
Com quase 17 anos de TJSC, a psicóloga forense Vanessa Maria Mussio Magalhães Brando, 42 anos, da comarca de Jaraguá do Sul, construiu uma trajetória marcada pelo rigor técnico e pela empatia. O interesse pela área surgiu na graduação e se firmou durante a fase de estágios. Desde então, atua em avaliações psicológicas que envolvem leitura minuciosa de processos, definição de demandas, entrevistas, aplicação de instrumentos técnicos e articulação com a rede de proteção. Seu foco recai sobre casos que impactam profundamente famílias e exigem conhecimento científico aliado a um compromisso ético inabalável. “É preciso olhar tudo com muita cautela e zelar pelas pessoas que estamos avaliando. Não é possível, muito menos ético, trabalhar pensando apenas em produtividade, sem manter um olhar singular para cada pessoa que estamos atendendo”, destaca.
No dia a dia, Vanessa enfrenta desafios que vão além da técnica – permeiam entre o peso emocional das decisões, a intensidade dos casos e a responsabilidade de atuar com precisão sem perder a dimensão humana. Ela recorda um episódio marcante que envolveu alienação parental: a mãe obteve autorização judicial para uma viagem internacional e não retornou mais ao Brasil. O pai precisou de três anos para conseguir o retorno da criança por meio da Convenção de Haia. Para complicar, o processo coincidiu com a pandemia, o que tornou tudo ainda mais difícil. A permanência da menina no Brasil se deu após a conclusão do laudo psicológico, que atestou que o genitor tinha plenas condições de assumir os cuidados da filha.
Para Vanessa, a psicologia forense é também sobre humanidade. “Há igualmente histórias muito tristes, mas essas a gente se recorda com empatia e compaixão, e ao pensar nelas agradece mais a vida que tem”, afirma. Para ela, o psicólogo forense é um agente de mudança, especialmente na proteção e no acolhimento de crianças, que deve construir sua carreira no equilíbrio entre ciência, ética e cuidado genuíno.
Rafaela Marques Feigel é psicóloga forense na comarca de Lages, onde atua há oito anos. Com isso, já soma mais de 13 anos de experiência na área da psicologia. Desde o início de sua carreira, Rafaela demonstrou interesse pela interface entre psicologia e ciências sociais, tanto que chegou a considerar cursar essa área antes de optar pela psicologia. Esse interesse foi decisivo para sua escolha profissional, especialmente quando surgiu a oportunidade de atuar no Judiciário, onde encontrou uma área desafiadora e singular.
Seu trabalho é voltado principalmente para casos da Vara da Família e pode envolver guarda, adoção, destituição do poder familiar, alegações de alienação parental e violência contra crianças e adolescentes. Rafaela destaca que o papel do psicólogo forense é essencial para subsidiar decisões judiciais com sensibilidade e precisão, especialmente em situações que envolvem crianças e adolescentes em desenvolvimento. “Embora as pessoas busquem o Judiciário para resolver seus conflitos, o psicólogo auxilia o juiz a compreender melhor as relações humanas e a tomar decisões mais justas e cuidadosas”, afirma.
Para quem deseja seguir esse caminho, Rafaela deixa um conselho importante: “Capacitação é fundamental. Essa não é uma área para se cair de paraquedas. É preciso estudar muito, estar preparado e ter responsabilidade, porque o nosso trabalho é constantemente observado e pode impactar diretamente a vida das pessoas”. Hoje, ela se vê plenamente realizada na psicologia forense e não imagina atuar em outra área.
No Dia do Psicólogo e da Psicóloga, celebrado nesta quarta-feira, 27 de agosto, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) destaca a atuação de 41 profissionais que unem sensibilidade e técnica na escuta qualificada, com atuação tanto em unidades judiciárias de todo o Estado quanto no próprio Tribunal. Psicólogas e psicólogos forenses desempenham um papel essencial para decisões mais justas e humanas ao equilibrarem conhecimento científico, ética e empatia.
Para marcar a data, três psicólogas do TJSC compartilham suas histórias e rotinas e demonstram como a psicologia no Poder Judiciário transforma vidas e fortalece a Justiça. As servidoras Karina Paula Seraglio, Vanessa Maria Mussio Magalhães Brando e Rafaela Marques Feigel relatam desafios, conquistas e aprendizados em áreas como acolhimento institucional, adoção, guarda e alienação parental. Revelam, desta forma, o impacto humano de seu trabalho no cotidiano da Justiça.
A psicóloga Karina Paula Seraglio iniciou sua atuação na Vara da Família, Infância, Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões da comarca de Xanxerê, no último dia 19 de maio. A escolha pelo trabalho forense veio de uma experiência profissional anterior. Natural de Quilombo, no oeste catarinense, Karina atuou por 12 anos em uma Secretaria Municipal de Assistência Social paranaense. Uma das primeiras demandas que atendeu foi o acolhimento institucional, função que desempenhou por diversas vezes ao longo do período. O contato com o direito e profissionais forenses despertou nela a missão de auxiliar nos processos de cunho familiar.
Hoje, a servidora do Poder Judiciário atende o serviço de acolhimento, faz avaliações de famílias de crianças acolhidas e habilitações de adotantes, por exemplo. Mesmo experiente no assunto, o maior desafio é iniciar o setor na comarca que, até então, não tinha psicólogo forense. Ainda que diante da necessidade de “construir o espaço”, como ela diz, consegue aprender, experimentar, pesquisar e entender a importância e a complexidade de cada caso, além de demonstrar à sociedade a relevância profissional que vai além do atendimento clínico em consultório.
“É preciso olhar para as situações cientes de que se trata de um ser humano com ‘bagagem’ de sentimentos, vivências e experiências. Precisamos ter empatia e sensibilidade para que a rotina não faça esquecer que estamos lidando com uma vida que pode ser modificada pelas decisões tomadas e apontamentos feitos”, reforça a servidora, que também se apega ao próprio conselho para ser uma profissional cada vez melhor.
Com quase 17 anos de TJSC, a psicóloga forense Vanessa Maria Mussio Magalhães Brando, 42 anos, da comarca de Jaraguá do Sul, construiu uma trajetória marcada pelo rigor técnico e pela empatia. O interesse pela área surgiu na graduação e se firmou durante a fase de estágios. Desde então, atua em avaliações psicológicas que envolvem leitura minuciosa de processos, definição de demandas, entrevistas, aplicação de instrumentos técnicos e articulação com a rede de proteção. Seu foco recai sobre casos que impactam profundamente famílias e exigem conhecimento científico aliado a um compromisso ético inabalável. “É preciso olhar tudo com muita cautela e zelar pelas pessoas que estamos avaliando. Não é possível, muito menos ético, trabalhar pensando apenas em produtividade, sem manter um olhar singular para cada pessoa que estamos atendendo”, destaca.
No dia a dia, Vanessa enfrenta desafios que vão além da técnica – permeiam entre o peso emocional das decisões, a intensidade dos casos e a responsabilidade de atuar com precisão sem perder a dimensão humana. Ela recorda um episódio marcante que envolveu alienação parental: a mãe obteve autorização judicial para uma viagem internacional e não retornou mais ao Brasil. O pai precisou de três anos para conseguir o retorno da criança por meio da Convenção de Haia. Para complicar, o processo coincidiu com a pandemia, o que tornou tudo ainda mais difícil. A permanência da menina no Brasil se deu após a conclusão do laudo psicológico, que atestou que o genitor tinha plenas condições de assumir os cuidados da filha.
Para Vanessa, a psicologia forense é também sobre humanidade. “Há igualmente histórias muito tristes, mas essas a gente se recorda com empatia e compaixão, e ao pensar nelas agradece mais a vida que tem”, afirma. Para ela, o psicólogo forense é um agente de mudança, especialmente na proteção e no acolhimento de crianças, que deve construir sua carreira no equilíbrio entre ciência, ética e cuidado genuíno.
Rafaela Marques Feigel é psicóloga forense na comarca de Lages, onde atua há oito anos. Com isso, já soma mais de 13 anos de experiência na área da psicologia. Desde o início de sua carreira, Rafaela demonstrou interesse pela interface entre psicologia e ciências sociais, tanto que chegou a considerar cursar essa área antes de optar pela psicologia. Esse interesse foi decisivo para sua escolha profissional, especialmente quando surgiu a oportunidade de atuar no Judiciário, onde encontrou uma área desafiadora e singular.
Seu trabalho é voltado principalmente para casos da Vara da Família e pode envolver guarda, adoção, destituição do poder familiar, alegações de alienação parental e violência contra crianças e adolescentes. Rafaela destaca que o papel do psicólogo forense é essencial para subsidiar decisões judiciais com sensibilidade e precisão, especialmente em situações que envolvem crianças e adolescentes em desenvolvimento. “Embora as pessoas busquem o Judiciário para resolver seus conflitos, o psicólogo auxilia o juiz a compreender melhor as relações humanas e a tomar decisões mais justas e cuidadosas”, afirma.
Para quem deseja seguir esse caminho, Rafaela deixa um conselho importante: “Capacitação é fundamental. Essa não é uma área para se cair de paraquedas. É preciso estudar muito, estar preparado e ter responsabilidade, porque o nosso trabalho é constantemente observado e pode impactar diretamente a vida das pessoas”. Hoje, ela se vê plenamente realizada na psicologia forense e não imagina atuar em outra área.
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